Crédito: Léo Laps |
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O VísCera Teatro mergulha no cotidiano do povo alemão durante o regime nazista e encarna o terror e a miséria que margeavam o ufanismo de um tempo inglório para os seres humanos. Através do corpo dos atores e suas histórias, propomos uma visão ao alerta de Brecht acerca da luta contra toda forma de dominação e suas máquinas de propaganda e submissão.
O texto, adaptação de obras de Bertolt Brecht, tem a direção de Pepe Sedrez, atuação de Cleiton da Rocha, Jean Massaneiro, Lu de Bem, Maicon Keller e Sabrina Marthendal, a produção de Adélia Eccel e Márcio Cubiak.
É interessante perceber, nessa enorme lista de nomes, a participação de atores de outros grupos teatrais de Blumenau e região, convidados pelo VisCera Teatro a se juntarem nessa empreitada. É uma opção do grupo pela troca e intercâmbio entre atores e atrizes, visando o constante aperfeiçoamento.
Com o apoio da Companhia Carona de Teatro, que nos empresta a atuação da atriz Sabrina Marthendal, a construção gráfica e pesquisa em vídeo de Leo Kufner e a direção de Pepe Sedrez – e ainda com o ator convidado Jean Massanero, do grupo Detalhe de Indaial, comunica o contemporâneo épico, sintetizando novas formas de criação. Buscamos aproximar-nos ainda mais do universo de Brecht, que é o universo da realidade de um tempo que jamais deve ser esquecido e nos propõe sempre a analise do presente e do futuro.
O épico, o político e o irônico desta obra são tomados pelos atores e atualizados a partir da vida que pulsa de cada corpo-em-arte. A direção interage o Teatro Épico com a Estética e Atuação Contemporânea criando um cenário onde a materialidade da vida é evidenciada pelas suas próprias máscaras. A fatal necessidade de sobrevivência, o medo, a censura, a farsa e a manipulação permeiam esse itinerário entre a resignação e a resistência.
Crédito: Léo Laps |
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Com esta apresentação o grupo aceita o desafio de mergulhar no passado e compreender seu chamado para a atualidade. Estudando a criação cênica e as possibilidades artísticas, busca-se, também, a conexão com a vida coletiva e com a História construída pelos humanos. Buscando abstrair do mundo e refleti-lo olhando de cima – o distanciamento que une a todos – e, ao mesmo tempo, de dentro de nós mesmos que somos também, cada outro ao lado e ao longe num mundo que perde fronteiras.
Sinopse
Fragmentos cotidianos de uma realidade de tensão violenta. Corpos que expandem seu medo e sua audácia em um ambiente onde o controle visa apoderar-se da vida. A grande Parada – criação a partir da obra de Bertolt Brecht – vem a público unindo o Teatro Épico às formas de expressão contemporânea na Arte. Imerge na vida que pulsa no medo e na resistência. Em cena – opressores e oprimidos, ingênuos e traídores, soldados e operários – encontram-se em meio ao terror materializado pela ideia de um povo calado, um reino sem liberdade e um rei sem razão. A representação de cenas vividas pelo povo entre 1933 e 1938 na Alemanha, a cenografia contemporânea e os recursos de mídia permitem um olhar no processo histórico sob a Estética da Arte e sua ideologia de transformação. Recomendável para maiores de 14 anos.
Ficha Técnica
A Grande ParadaVísCera Teatro
Direção: Pépe Sedrez.
Atores: Cleiton Rocha
Jean Massanero
Lu de Bem
Maicon Keller
Sabrina Marthendal
Participação especial: Gika Voigt
Texto: Adaptação de Bertolt Brecht por VísCera Teatro
Adaptação:
VísCera Teatro
Iluminação
Pépe Sedrez
Cenografia
Pépe Sedrez
Sonoplastia
Pépe Sedrez
Maquiagem
Adélia Eccel
Arte Gráfica
Cleiton Rocha
Preparação Corporal
Pépe Sedrez
Fotografia
Adélia Eccel
Leo Kufner
Leo Laps
Edição de Vídeo
Leo Kufner
Produção Executiva
Adélia Eccel
Márcio Cubiak
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