sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011!

A Associação Blumenauense de Teatro espera para todos os seus associados um ano de muita produçao, reflexão e circulação do Teatro local. Espera, também, muito intercâmbio, a Temporada Blumenauense,o FITUB 2011, O FENATIB ...


Um grande ano a todo mundo que curte Arte e Cultura.
Votos da ABLUTEATRO.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Entrevistas com pessoas da área teatral

TEATRO

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Temporada Blumenauense de Teatro - Dezembro/2010

A Temporada Blumenauense de Teatro, promovida pelos grupos teatrais da cidade em parceria com a Fundação Cultural de Blumenau, encerra as atividades de 2010 com o espetáculo Estamos Adorando Tokio, do Grupo Teatral Phoenix da FURB, que depois de algum tempo sem se apresentar na temporada, retorna com novo espetáculo. Sob a direção de Pita Belli o grupo trabalhou todo o semestre na construção das cenas que compõem a montagem. O trabalho está calcado na improvisação, cujos temas foram trabalhados nos ensaios a partir de diversos estímulos e que geraram o espetáculo.
Formado por alunos da FURB, não só do Bacharelado em Teatro mas também de outros cursos que a Universidade oferece,  o grupo é uma das muitas atividades de extensão realizadas e mantidas pela instituição.

Estamos adorando Tokio é um espetáculo inspirado no antigo Teatro de Revista, forma teatral bastante comum no Brasil no final do século XIX e início do Século XX e que passava em “revista” diversos acontecimentos. Composto por cenas as mais diversas o espetáculo é entremeado pela poesia de Paulo Leminski, sempre com bom humor. Música, dança e texto se misturam para compor o espetáculo que convida o espectador  a passear, como um turista, por diversos lugares do imaginário.
O espetáculo será apresentado no Auditório Carlos Jardim, de 08 a 12 de dezembro, sempre às 20 horas. Ingresso: R$ 10,00 inteira| R$ 5,00 meia, com filipeta ou assinante do Santa. 

FICHA TÉCNICA
Roteiro e Direção: Pita Belli
Atuação: Ana Acácia, Anna Mock, Cíntia Galz, Ezequiel Wojuechowski, Fernanda Raupp, Jean Amaro,  Juliana Goldfeder, Kerollayne Bergamin, Mari Rodrigues, Ramon Trajano, Sidney Dietrich, Viny Bittencourt
Programação Visual: Anna Mock/Cibele Bohn
Figurinos e adereços: Grupo Teatral Phoenix
Operação de Som, criação e manutenção do blog: Ana Peres Batista

Mais informações sobre Grupo: http://grupoteatralphoenix.blogspot.com/
                                                       gphoenixfurb@hotmail.com

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Projetos 2011 - Saiba o que vai acontecer ...

ESPETACULO: AMAR (E MESMO ASSIM...) DE GREGORY HAERTEL

Projeto aprovado pelo Fundo Municipal de Incentivo a Cultura de

Blumenau no valor de R$ 12 mil.
Proponente: Leomar Peruzzo

HISTÓRICO:

Existindo desde 2002, o Grupo Detalhe de Teatro pretende continuar
desenvolvendo suas atividades nesta região, acessando a arte teatral a
população e motivando a formação de novos núcleos de teatro, a fim de
contribuir com o desenvolvimento cultural e social de Blumenau e
região.

Desde seu início o grupo preocupa-se em montar espetáculos teatrais

que provoquem o espectador para a reflexão sobre si, sobre o mundo em
que vive e sua situação neste mundo. Assim, propõe o projeto de
Montagem do Espetáculo “Amar (E Mesmo Assim...)”, de Gregory Haertel.


O ESPETÁCULO

Com nuances de melodrama, trazendo para uma situação séria o que ela
tem de patético, exagerando reações para melhor compreendê-las, “Amar
(E Mesmo Assim...)” procura criar momentos de distanciamento, onde o
espectador ri do que está vendo, para em seguida ter um contato mais
direto com o público, onde o espectador possa se identificar com o que
acabou de rir. Usando de ironia, e tentando ser, antes de tudo, uma
boa história, “Amar (E Mesmo Assim...)” quer também possibilitar novas
leituras sobre o tema sugerido, saindo do lugar comum com certo tom de
comicidade.

O Grupo Detalhe pretende com esta montagem aumentar o acesso ao teatro

e levar o público à reflexão sobre as relações de amor na era da
agilidade, da rapidez, onde tudo acontece numa velocidade estonteante
e nem todas as relações conseguem resistir a este ritmo frenético.

Ficha Técnica


Direção:  Jean Massanero

Texto: Gregory Haertel
Atuação: Aline Barth
             Elisangela França
             Leomar Peruzzo


Em Breve Mais Informações


GRUPO DETALHE DE TEATRO E PRODUÇÕES ARTÍSTICAS (razão social)

GRUPO DETALHE DE TEATRO (nome popular)

Data de Fundação: Como grupo em 2002 como associação sem fins lucrativos em 2007
CONTATOS
 
 

SESC Palco Giratório

TEATRO

Fábula nordestina

Espetáculo Agreste, da Cia Razões Inversas de São Paulo, é apresentado hoje em Blumenau

JÚLIO CORDEIRO - 16/09/2005

 

Quando estreou, em 2004, o espetáculo Agreste, da Cia Razões Inversas de São Paulo, não tinha nenhum patrocínio. O sucesso da fábula nordestina foi conseguido no boca a boca, o que garantiu a incursão do trabalho pelo Brasil e até mesmo no Exterior. Como reconhecimento pelo feito, o texto do pernambucano Newton Moreno ganhou no mesmo ano o Prêmio Shell e o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte. Através do Sesc, a apresentação, encenada ontem em Brusque, chega hoje, às 20h, à Fundação Cultural de Blumenau, dentro da programação do Palco Giratório, com entrada franca.

De acordo com a enciclopédia de teatro do Itaú Cultural, a dramaturgia de Moreno “manifesta influências da cultura popular, herança da origem nordestina, e compreende temas de impacto em torno do homoerotismo, tônica atemporal que transita entre o campo e a cidade”. Considerada uma fábula nordestina, Agreste aborda questões como ignorância, preconceito e amor incondicional.

O enredo gira em torno de um casal de lavradores do sertão nordestino que têm que fugir e encontrar outro lugar para viver seu amor. A morte de um deles, tempos depois, traz uma revelação que muda o curso da história. Em um texto que compartilha elementos de obras de João Cabral de Mello Neto e Guimarães Rosa, as surpresas do enredo são reveladas aos poucos – os dois atores, João Carlos Andreazza e Paulo Marcello, se revezam nos papéis de intérpretes e narradores.

Uma das técnicas para a construção da peça foi a busca de inspiração e referências em outros tipos de artes, como as plásticas, o que garantiu o tom poético, apesar de trágico, de algumas cenas.

A produção chegou a ser apresentada no Chile e na Alemanha. Apesar de tratar de uma história regional, representando o povo do Nordeste, foi capaz de atingir questões universais, a ponto de deslumbrar também os estrangeiros.
Serviço
Agreste - No Auditório Carlos Jardim da Fundação Cultural de Blumenau, Rua XV de Novembro, 1181, Centro. Espetáculo da Cia Razões Inversas, de São Paulo, pelo Palco Giratório do Sesc. Entrada gratuita, com distribuição de ingressos uma hora antes no local. Hoje, 20h.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Grupo Fãs de Teatro na Temporada Blumenauense de Teatro


Olá amigos,

 Em novembro o grupo FÃS de Teatro, estará na TBT - Temporada Blumenauense de Teatro, com o espetáculo “Fãs de Improvisação”.

 Fãs de Improvisação é um espetáculo sempre inédito, dinâmico e divertido baseado em jogos de Improvisação Teatral. A partir das regras de cada jogo e das sugestões de locais, temas, objetos e frases dados pela platéia, os jogadores criam cenas imprevisíveis no momento da representação. Estaremos jogando de quarta a domingo, nos dias 10, 11, 12,13 e 14 de novembro, na Fundação Cultural de Blumenau, sempre às 20:00h.

Ingressos: R$10,00 e R$5,00 (meia-entrada e com filipeta de desconto)



VENHA SE DIVERTIR, ESPERAMOS VOCÊ!

Direção: Pita Belli
Atuação: Aline Appi, Natália Curioletti, Allan Antônio, Ramon Trajano                                                   


sábado, 30 de outubro de 2010

PRÊMIO PROCULTURA DE ESTÍMULO AO CIRCO, DANÇA E TEATRO 2010

EDITAIS PROCULTURA

 

PRÊMIO PROCULTURA DE ESTÍMULO AO CIRCO, DANÇA E TEATRO 2010

Inscrições no período de 25 de outubro à 10 de dezembro de 2010.
Esse edital a premiará 197 (cento e noventa e sete) iniciativas de Circo, Dança e Teatro, por meio da destinação de recursos que viabilizem atividades das três áreas citadas, em âmbito nacional. O prêmio contemplará três categorias, a saber:
Categoria A – Produção Artística – Estímulo a iniciativas de produção artística nas áreas de circo dança e teatro, que venham promovendo a diversidade temática e estética, bem como ações de formação de platéia.
Categoria B – Programação de Espaços Cênicos – Estimular instituições que administram espaços cênicos, em atividade ou que necessitem de revitalização, ou de espaço públicos abertos que se caracterizam como sedes públicas, no intuito de estimular e reconhecer atividades focadas na programação artística.
Categoria C – Substituição de Lona Circense e/ou Acessórios – Estímulo a ações culturais circenses que, embora sem condições estruturais ideais, estejam mantendo suas atividades. O prêmio é destinado a circos de lona, itinerantes ou fixos, escolas de circo ou projetos que utilizem linguagem circense como instrumento pedagógico para transformação social e construção da cidadania.


Confira aqui o edital.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Projeto Nute Para Todos na internet!

Nute Para Todos: Livro in-progress e Biblioteca virtual já estão no ar

O Projeto Nute Para Todos, que está pesquisando a trajetória do NUTE - grupo de teatro e escola, foi peça fundamental na construção do teatro contemporâneo em Blumenau e região - está a mil por hora. A equipe do projeto está lançando a Biblioteca Virtual www.nute.com.br  e diponibilizando os primeiros capítulos do livro sobre o Nute. Os dois materias estão sendo elaborados em processos colaborativos, in-progress, e estão abertos à participação e contribuição.
 
"Convidamos as pessoas que fizeram parte do Nute, que conheceram o grupo, a escola, a contribuir com novos documentos e informações, a nos ajudar a contar esta história", diz Édio Raniere, coordenador do projeto. O livro in-progress já está sendo disponibilizado; o Prólogo e o Primeiro Ensaio podem ser lidos no blog http://nuteparatodos.wordpress.com , e o autor, convida quem quiser contribuir no processo, contando casos interessantes ou sua versão dos fatos, a participar através próprio blog, com comentários, ou por e-mail (nuteparatodos@gmail.com ).
 
Também já está no ar a Biblioteca Virtual do Nute, um acervo digital, com mais de 3.000 documentos, entre fotos, vídeos, recortes de jornal, cartazes, programas, planos de aula e outros documentos. A Biblioteca ainda está sendo alimentada, e quem tiver outros documentos e materiais, ou puder complementar dados de documentos já disponibilizados, pode entrar em contato com a equipe.
 
Tanto o livro, quanto o blog e acervo resgatado, são frutos de uma pesquisa que já dura mais de um ano e de uma série de entrevistas. Todo o andamento do projeto pode ser acompanhado pelo blog http://nuteparatodos.wordpress.com .
 
 
Sobre o Nute
O Núcleo de Teatro Escola – NuTE  ou Núcleo de Teatro Experimental como era chamado pelos vanguardistas, possui uma  história singular entre os grupos teatrais Catarinenses. Uma intensa história teatral, como será apresentado a seguir, nos leva a propor um registro, um diálogo com a arte contemporânea e, por que não, a promoção de um confronto com alguns cenários do teatro comercial.
Em seus 18 anos de atividade, O NuTE produziu dezenas de espetáculos, entre montagens profissionais e de alunos, fundou a primeira escola “livre” de teatro em Santa Catarina. Inspirou a realização do Festival Universitário de Teatro de Blumenau.
+ Produziu por 13 anos consecutivos os JOTE-titac (Jogos de Teatro – Texto, Interpretação e Técnica em Artes Cênicas) fomentando a produção dramatúrgica e o “re-desenvolvimento” cenotécnico local;
 + Criou uma Biblioteca de Teatro com uma “textoteca” (um acervo de textos teatrais) Editando e publicando livros, cadernos e apostilas sobre teatro;
 + Ministrou cursos de Interpretação para Cinema e TV, produzindo vinhetas comerciais e o documentário (encomendado para o aniversário da TV Galega) “O Pioneiro da Imprensa: Hermann Baumgarten”
 + Criou escolas e cursos permanentes de teatro em cidades vizinhas (Pomerode, Indaial, Gaspar… );
 + Criou o mini-auditório “(O) Caso”, transformando um corredor ocioso do Teatro Carlos Gomes em palco/arena multiuso com platéia para cerca de 40 pessoas;
 + Incentivou a criação (apoiando na produção técnico-artística) de mais de 20 Grupos de Teatro;
 + mais de 2 mil alunos;
 + Produziu mais de cinqüenta espetáculos teatrais.

Mais sobre o projeto: www.nuteparatodos.wordpress.com.br

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LEIA A REPORTAGEM PUBLICADA NO JORNAL DE SANTA CATARINA DESTA SEGUNDA-FEIRA:

MEMÓRIA


 

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Crítica do Espetáculo "Amálgama", de Silvio da Luz e Adriano Amaral.

Amálgama


por Viegas Fernandes da Costa


Um homem, e está só. A um canto da arena, na penumbra, este homem, em silêncio, posta-se de pé e segura nas mãos seus sapatos usados; sob suas solas, possível é, a memória das terras que já não mais estão.

O homem só move-se lentamente, escoando seu tempo num ritmo diferente ao da modernidade inaugurada com o aparecimento da locomotiva. Passo a passo, encontra o local exato para depositar seus sapatos, cercando assim seu território, suas referências: o par de sapatos, o casaco, as flores e a cadeira, sobre a qual repousa o vestido vermelho manchado de esperma. É no interior deste quadrado – sapatos, flores, cadeira e casaco – circundado pelo público, que se anuncia ao mundo surdo e cego o vazio de uma vida repleta de memórias impossíveis de troca. Uma cadeira ou um altar? Que cheiro trescalam flores antigas? Um casaco que aquece, ou paletó que representa? E esse vestido manchado de um esperma antigo, ainda cheira um cheiro passível aos sentidos, ou cheira apenas na lembrança? E o homem só move seu corpo nos limites da sua história, resumida à necessidade dos instintos que nunca se satisfazem e ao absurdo da existência. O que resta, enfim, é a repetição. É na repetição que este homem só se reconhece e se inscreve no mundo, estabelece sua identidade, ainda que intangível à racionalidade do público. Há momentos em que a comunicação procura se estabelecer, o homem só aproxima-se de um ou outro espectador, mas quando tal, não há mais um homem só, tal qual aquele que grita, que se masturba e se entrega ao gozo mecânico, que se contorce freneticamente, que liga o aparelho de som e se deixa mergulhado no ritmo de um mantra, que fala o ininteligível em fonemas que remotamente lembram o alemão e o italiano (culturas presentes na construção identitária do Vale do Itajaí, contexto geográfico no qual se construiu a experiência dramatúrgica de “Amálgama”). Quando o homem só se aproxima do público, quando olha em seus olhos, quando quase o toca, este homem só é tão somente representação; procura arrumar o cabelo, alinhar suas roupas, sorrir ou sofrer como quem sorri ou sofre para alguém, não para si. Logo a fraude se anuncia estéril, vazia, e o homem só retorna ao centro do seu imundo, onde goza, grita, geme, busca, morre e ressuscita. E quando esse homem só diz que acabou, porque necessita que acreditemos que acabou para que possamos abandoná-lo a si mesmo, não aceitamos sua sentença, e permanecemos, nós plateia, muda, surda e cega, na espera de um sentido, de um algo a mais que nos territorialize. Porque afinal, não nos movemos ao teatro para compreender o outro, movemo-nos ao teatro porque queremos nos encontrar. Mas não há sentido, não há um algo mais além da repetição. E temos então um homem, e está só. A um canto da arena, na penumbra, este homem, em silêncio, posta-se de pé e segura nas mãos seus sapatos usados; sob suas solas, possível é, a memória das terras que já não mais estão...

“Amálgama” estreou em 2008, e retornou aos palcos da Temporada Blumenauense de Teatro em 2010. Com direção de Silvio da Luz e texto de Gregory Haertel, podemos dizer aqui que o espetáculo constitui-se mais como uma performance do ator Adriano Amaral, e não tanto como monólogo. Em “Amálgama”, apesar do texto, o que menos importa são as palavras. É o trabalho de ator, seu domínio sobre o corpo e a forma como este expressa a angústia e os conflitos do personagem que importam. Não é o verbo, mas o movimento e a austeridade dos elementos de cena, que imprimem significado ao espetáculo, associados a uma pesquisa rigorosa na construção do roteiro e do próprio ator. O resultado é uma atuação impecável de Amaral e uma dramaturgia que nos remete a Samuel Beckett e seu universo de vazios e ausências de sentido.

Importante o retorno de “Amálgama” aos palcos, e a certeza da possibilidade de se radicalizar ainda mais a proposta do espetáculo. Se o personagem afirma, em dado momento “Acabou! Vão embora! Preciso que vocês vão embora para saber que acabou!”, talvez seria interessante deixar nas mãos do público a decisão de encerrar a peça. Desafio interessante para os limites físicos do ator e do público, amalgamado na ausência das palmas e no vazio.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Temporada de outubro apresenta "Amálgama".


 A Associação Blumenauense de Teatro, através do projeto Temporada Blumenuense de Teatro, traz o espetáculo contemporâneo Amálgama, do Grupo P.A, dirigido por Silvio da Luz, em monólogo de Adriano Amaral. O espetáculo é um dos trabalhos mais originais da região. Recomendável para maiores de 15 anos.

SERVIÇO
Amálgama

Entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro, sempre às 20h na Fundação Cultural de Blumenau. 
Ingressos: R$ 10,00 ou R$ 5,00 (meia-entrada ou com apresentação de filipeta).
Mais informações: 8835 7202, com Márcio.

AMÁLGAMA

De Sílvio da Luz. Com Adriano Amaral.
Texto: Gregory Haertel.


SINOPSE
A obra retrata um homem mergulhado em suas lembranças, preso sozinho em um ciclo onde passado e futuro se encontram. O outro, para o homem só, são os objetos, é a memória. E o homem tentará refazer o que se
perdeu. ‘Amálgama’ é um caminho de busca do que já deixou de ser. ‘Amálgama’ é como o pai que assiste repetitivamente ao vídeo do parto do filho morto tentando, a cada vez, ressuscitá-lo. É na repetição, em ‘Amálgama’, que se procura alguma forma de redenção.


FICHA TÉCNICA
Atuação e Dramaturgia: ADRIANO AMARAL
Direção, Dramaturgia e Iluminação: SILVIO DA LUZ
Texto: GREGORY HAERTEL
Assistente de Direção, Preparação Vocal, Figurino e Material Gráfico: FÁBIO HOSTERT
Sonoplastia: JACKSON AMORIM
Cenografia: O GRUPO


ADRIANO AMARAL FALA SOBRE "AMÁLGAMA".


LIMIAR
A busca que originou a obra ‘Amálgama’ teve seu início dentro do Curso de Artes, Bacharelado em Teatro – Interpretação da FURB – Universidade Regional de Blumenau, em 2007, quando resolvi por em prática o conhecimento adquirido em um ano de universidade. Meu objetivo principal era realizar um estudo sobre a arte de ator, mais precisamente sobre a sua preparação e dramaturgia. Sendo que o fruto dessa pesquisa resultasse num solo de minha autoria.
‘Amálgama’ é o resultado de 15 meses de pesquisa empírica e teórica. Normalmente, a prática teatral é trabalhada em dois momentos: o ensaio e a representação. Mas, nesse projeto, existe um terceiro momento, onde o artista não trabalha a obra, mas, se trabalha. Foi baseado na dinâmica dos elementos preparação-ensaio-representação que ‘Amálgama’ se edificou.



ALUMIAR
Os primeiros seis meses foram dedicados ao estudo da preparação do ator, na dinâmica dos seguintes elementos: aquecimento, exercícios físicos e treinamentos energéticos e técnicos. Para o entendimento do presente projeto, faz-se necessário tecer alguns comentários sobre esses elementos: o aquecimento tem como objetivo preparar o ator no início de suas atividades. Os exercícios físicos trabalham o seu fortalecimento e a sua resistência física. O treinamento energético é um treinamento físico e intenso, sem pausas e extremamente dinâmico, que tem o objetivo de trabalhar com as potencialidades energéticas do ator. Já o treinamento técnico visa trabalhar com diversos elementos extraídos de técnicas diversas. Foi na dinâmica desses elementos que a preparação se configurou, potencializando o ator para o seu ato poético.



AMALGAMAR
‘Amálgama’ foi criado a partir de pesquisas sobre a dramaturgia do ator. Entendo a dramaturgia do ator, para a realização dessa obra, como a busca de poetização espetacular baseada em ações físicas e vocais previamente codificadas pelo ator que foram coletadas a partir da potencialização do seu ato poético. 

Trabalhamos antes com a noção de dramaturgismo do que com o conceito clássico de dramaturgia. Por dramaturgia clássica entende-se o trabalho do autor teatral que, sozinho, delimita e estrutura a narrativa de uma obra. Por dramaturgismo, entenda-se o processo de escrita cênica que nasce do trabalho prático da equipe de realização do espetáculo. Este exercício de dramaturgismo pressupõe um trabalho artesanal de montagem de ações: a dramaturgia inscrita no espaço, no corpo do ator. Portanto, temos uma inversão no modelo clássico de criação teatral: sendo desenvolvida em sala de trabalho, a partir da orquestração das ações físicas criadas pelo ator, a obra só poderia ser escrita, tornando-se palavra impressa, depois de amalgamar a poesia do ator.

Este trabalho contou com a colaboração de outros artistas: o psiquiatra, escritor e dramaturgo blumenauense Gregory Haertel, que ficou responsável pela criação do texto. O ator da Cia Carona de Teatro de Blumenau Fábio Hostert, que ficou responsável pela assistência na direção, figurino e material gráfico. E o ator-clown-músico Jackson Amorim da Cia Zulu Canibal Ator e Bonecos de Rio do Sul, que ficou responsável pela sonoplastia.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

TEMPORADA BLUMENAUENSE DE SETEMBRO

TEMPORADA BLUMENAUENSE DE TEATRO, ANO 5, TRAZ NA EDIÇÃO DE SETEMBRO DE 2010, O GRUPO ELEMENTOS EM CENA, COM DIREÇÃO DE ROBERTO MURPHY. AS APRESENTAÇÕES ACONTECEM NA FUNDAÇÃO CULTURAL DE BLUMENAU, DE QUARTA A DOMINGO, 01 à 05 DE SETEMBRO, SEMPRE AS 20H.


HISTÓRIA NATURAL DE SONHOS é inspirado na obra literária homônima (lançada pela Nauemblu ciência e arte sob a batuta do poeta Dennis Radünz) e que tem como base os poemas que Fritz Muller - naturalista e cientista alemão radicado em Blumenau durante o século XX – escreveu para suas 9 filhas, os quais versam sobre a fauna e a flora de nossa região.

Através de uma linguagem poética, focada no trabalho corporal do ator-manipulador de imagens, o espetáculo quer aliar História e Teatro num momento de prazer estético, onde a figura do ‘Príncipe dos Observadores’ é apresentada sob a sua faceta de artista criador da palavra, encantado pela verdade e a beleza da mata in natura que encontrou aqui quando aqui chegou e viveu.

Sua trajetória desde a Alemanha em meados do século passado, quando partiu em busca de um Vale com um rio de plácida lâmina, até a sua morte, após deixar uma obra fundamental para a Teoria da Evolução das Espécies, criada e difundida por Charles Darwin, mundialmente reconhecido: eis o fio condutor que produz a trama sobre a qual se desenrola uma ação permeada por canções, textos poéticos, efeitos visuais, sugestões simbólicas e algumas soluções criativas.

____ Remontando “História Natural dos Sonhos”

Da primeira montagem apenas fragmentos, tanto dos poemas quanto das imagens originais do livro reproduzidas no palco. Uma referência breve e sutil ao espetáculo de antes.

Segunda fase do Projeto HISTÓRIA NATURAL DE SONHOS – Fritz Muller para a Infância reconstrói o espetáculo original apresentado em 2006 a partir de uma ótica mais contemporânea do teatro. O rococó empregado na primeira montagem, a qual mantinha intenções barrocas em sua estruturação contendo maquinaria e painéis móveis, cede lugar a uma visualidade mais simbólica, mais contida, que alia efeitos especiais do teatro negro a fundamentos do teatro antropológico, onde a verdade humana transcende formalismos.

Atualmente narra-se a história enquanto se propõe uma visualidade interativa e criativa a partir de recursos simples que vão envolvendo o público em atmosferas por onde, supostamente, vagou o personagem central. Atmosferas auditivas e sensoriais também fazem parte do jogo proposto, além de uma objetividade capaz de delinear uma trajetória, uma direção.

Músicas especialmente compostas para o espetáculo incrementam tal narrativa, construindo diálogos melodiosos entre o elenco e a platéia, sempre em busca de uma biografia específica, importantíssima para o resgate da identidade de nossa comunidade.

NA PRÓXIMA TEMPORADA BLUMENAUENSE DE TEATRO em Setembro de 2010, sempre às 20 horas.


FICHA TÉCNICA

Texto e Direção de Roberto Murphy
Poemas de Fritz Muller
Elenco:    
Lúcio de Oliveira Mello - Fritz Müller
Cleber Lach - Ator-Manipulador 1
Evelin  -  Ator-Manipulador 2
Canções Especialmente Compostas para o Espetáculo por: Cleber Lach, Lúcio de Oliveira Mello e Evelin.
Cenografia e Iluminação de Roberto Murphy
Reprodução de Obras de Arte originais de Jandira Lorenz por Paulo Sá e Felipe Lobe
Produção do Grupo Elementos em Cena e do ESPAÇO PLURAL