A Associação Blumenauense de Teatro, através do projeto Temporada Blumenuense de Teatro, traz o espetáculo contemporâneo Amálgama, do Grupo P.A, dirigido por Silvio da Luz, em monólogo de Adriano Amaral. O espetáculo é um dos trabalhos mais originais da região. Recomendável para maiores de 15 anos.
SERVIÇO
Amálgama
Entre os dias 29 de setembro e 03 de outubro, sempre às 20h na Fundação Cultural de Blumenau.
Ingressos: R$ 10,00 ou R$ 5,00 (meia-entrada ou com apresentação de filipeta).
Mais informações: 8835 7202, com Márcio.
AMÁLGAMA
De Sílvio da Luz. Com Adriano Amaral.
Texto: Gregory Haertel.
SINOPSE
A obra retrata um homem mergulhado em suas lembranças, preso sozinho em um ciclo onde passado e futuro se encontram. O outro, para o homem só, são os objetos, é a memória. E o homem tentará refazer o que se
perdeu. ‘Amálgama’ é um caminho de busca do que já deixou de ser. ‘Amálgama’ é como o pai que assiste repetitivamente ao vídeo do parto do filho morto tentando, a cada vez, ressuscitá-lo. É na repetição, em ‘Amálgama’, que se procura alguma forma de redenção.
FICHA TÉCNICA
Direção, Dramaturgia e Iluminação: SILVIO DA LUZ
Texto: GREGORY HAERTEL
Assistente de Direção, Preparação Vocal, Figurino e Material Gráfico: FÁBIO HOSTERT
Sonoplastia: JACKSON AMORIM
Cenografia: O GRUPO
LIMIAR
‘Amálgama’ é o resultado de 15 meses de pesquisa empírica e teórica. Normalmente, a prática teatral é trabalhada em dois momentos: o ensaio e a representação. Mas, nesse projeto, existe um terceiro momento, onde o artista não trabalha a obra, mas, se trabalha. Foi baseado na dinâmica dos elementos preparação-ensaio-representação que ‘Amálgama’ se edificou.
ALUMIAR
AMALGAMAR
Trabalhamos antes com a noção de dramaturgismo do que com o conceito clássico de dramaturgia. Por dramaturgia clássica entende-se o trabalho do autor teatral que, sozinho, delimita e estrutura a narrativa de uma obra. Por dramaturgismo, entenda-se o processo de escrita cênica que nasce do trabalho prático da equipe de realização do espetáculo. Este exercício de dramaturgismo pressupõe um trabalho artesanal de montagem de ações: a dramaturgia inscrita no espaço, no corpo do ator. Portanto, temos uma inversão no modelo clássico de criação teatral: sendo desenvolvida em sala de trabalho, a partir da orquestração das ações físicas criadas pelo ator, a obra só poderia ser escrita, tornando-se palavra impressa, depois de amalgamar a poesia do ator.
Este trabalho contou com a colaboração de outros artistas: o psiquiatra, escritor e dramaturgo blumenauense Gregory Haertel, que ficou responsável pela criação do texto. O ator da Cia Carona de Teatro de Blumenau Fábio Hostert, que ficou responsável pela assistência na direção, figurino e material gráfico. E o ator-clown-músico Jackson Amorim da Cia Zulu Canibal Ator e Bonecos de Rio do Sul, que ficou responsável pela sonoplastia.